segunda-feira, 7 de julho de 2008

A EDUCAÇÃO NO BRASIL




Achei muito estranha a atitude do Governo Federal em atribuir ao INEB a melhoria da qualidade do ensino no nosso país.

É público e notório que as grades curriculares vêm perdendo a qualidade ano a ano.
No meu caso, toda a minha formação é oriunda do ensino público. Quando eu entrei para o chamado ensino primário, já sabia ler e escrever. Comecei a estudar com o livro Minhas Lições - 1ª Série. Era dureza! Havia distribuição de medalhas aos primeiros colocados. Era exigido asseio absoluto dos alunos, uniformes impecáveis; tudo isso era verificado em revistas diárias, quem não estava de acordo com as regras, voltavam para a casa.

Isso não me provocou nenhum trauma, muito pelo contrário, me ensinou o conceito de disciplina.

Hoje o que vemos alunos que agridem professores. Se uma criança chega com piolhos, não pode ser retirada. Deixam que ela contamine a todas as outras.

Com adoção do critério das promoções automáticas, sabendo ou não, o aluno vai passar de ano, instaurou-se de vez o Pacto da Mediocridade: “O professor finge que ensina e o aluno, por sua vez, finge que aprende”.

Será que nessas condições um dia chegaremos ao nível do primeiro mundo?

É muito comum, hoje em dia, crianças chegarem ao fim de ensino fundamental, porcamente, sabendo assinar o seu nome e conhecendo muito pouco do que deveria saber. E la vão elas para o segundo grau. No meu tempo, em Matemática, estudávamos equações Derivadas e Integrais. Hoje com muito custo, Polinômios.

Bem chegou a hora do ingresso ao Curso Superior. Esses alunos vão entrar, logicamente, pelo sistema de cotas.

Obviamente não estarão em condições de acompanhar o ensino ministrado. O coitado do professor terá como alternativa: baixar o nível das aulas ou reprovar 60 por cento da turma.

Só falta agora adotarem o sistema de promoção automática no Ensino Superior. Aí sim teremos a esculhambação generalizada. Será adotado o conceito: ”O mercado fará a seleção!” Teremos um grande número de formandos que não conseguirão registro profissional. Vide provas da OAB!

Não seria melhor investir na formação técnica?

Aumentar o rigor nas avaliações?

Bem mesmo com as facilidades encontradas, alguns abandonam as salas de aulas. 

Esses poderão ter melhor sorte. Poderão chegar ao melhor emprego do Brasil, o de Presidente.

Paulo Edgar Melo

sábado, 5 de julho de 2008

POLITICA E POLITICOS




"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio dos exploradores do povo".
Bertolt Brecht

Simploriamente, podemos classificar a política como a ciência da escolha. Todo ser humano, mesmo desconhecendo, faz política desde a hora que acorda até a hora que vai dormir. O homem é um ser social e político por excelência.

Se tomarmos, por exemplo, uma rápida ida ao supermercado escolhemos, na maioria das vezes influenciados pela mídia, o shampoo X - aquele que vai deixar os seus cabelos mais sedosos e macios; o creme dental Y- que fará o seu hálito perfumado; o sabão em pó Z – que lava mais branco. Ao fazermos essa escolha, estamos praticando um ato político que poderá influenciar a nossa vida no futuro.

Vejamos, então: Seus cabelos começam a cair; seu hálito fica com um bafo de urubu após comer carniça e suas roupas ficam amareladas. O que você faz? Na sua volta ao supermercado escolherá os mesmos produtos? Claro que não! Não somos tão burros a esse ponto!

Por que não agimos assim com o nosso voto?

Votamos baseados na propaganda partidária, nas promessas de campanha. Se não forem cumpridas? Vamos votar neles de novo? É bom nos lembramos do supermercado. Só que nele o nosso erro poderá ser consertado no mês seguinte. Já o voto só quatro anos depois. É bom começarmos a pensar nisso!

Portanto, não devemos confundir política com politicagem.

Paulo Edgar Melo

FALANDO SOBRE MIGUEL PEREIRA-RJ

  A análise que vou fazer a seguir é fruto de minhas observações, nesses quase 24 anos que adquirimos nossa casa na cidade. Quando por aqu...