sexta-feira, 8 de maio de 2009

MINHA HISTÓRIA COM AS ORQUÍDEAS



As orquídeas sempre me atraíram embora, inicialmente, nunca havia me dedicado a elas.

Certa vez cheguei a comprar uma em uma exposição, provavelmente uma cattleya intermédia, que eu gentilmente, por desconhecimento, fiz o favor de mata-la afogada.
Em 1998, nessa época morava em um apartamento no Rio de Janeiro, minha esposa ganhou de uma amiga um dendrobium nobiles, desses bem comuns e ela gostou muito. Se me lembro bem, comprei um para ela assim que o antigo parou de florir.

Uma semana depois fui abordado, enquanto passava em frente à loja de flores, pela vendedora que me perguntou se eu queria um dendrobium que havia terminado sua floração e não tinha nenhuma serventia para ela.

Òtimo, agora tinha três plantas em um apartamento! Comprei um vaso de plástico, daqueles retangulares, comprei uns sacos pequenos de xaxim e plantei as três no mesmo. As pobrezinhas nunca floriram ali.

Em 2000 compramos uma casa no município de Miguel Pereira no interior do Rio de Janeiro. Observei que lá tinha um grande pé de serigüela, tratei de fixa-las ao tronco e por lá ficaram.

No ano seguinte, que maravilha, as três floriram que era uma beleza!

Satisfeito com o resultado obtido, em setembro do mesmo ano, visitei uma exposição de orquídeas no município vizinho de Paty do Alferes. De lá vim com umas três ou quatro plantas. Todas devidamente afixadas nas arvores do quintal.

Com o decorrer de um curto intervalo de tempo já possuía mais de 100 plantas. Confesso que no início fiz muita lambança por desconhecer a maneira correta de cultivo.

Comecei a estudar as orquídeas, me associei a um grupo de orquidófilos local, e fui aos poucos aprendendo a conhecer sobre essas magníficas plantas.

Atualmente ainda tenho muitas plantas em arvores, mais quase sua totalidade estão em vasos. Devo possuir, aproximadamente, 900 plantas. Fruto de compras, doações, trocas e divisão de touceiras.

Por falta de espaço, ainda não possuo quantidade suficiente para começar a comercializar. Já estou buscando parceria com produtores locais para em breve, assim espero, disponibiliza-las para venda.

Por fim recomendo que nunca desistam se no inicio as coisas não começarem a dar certo. Até hoje ainda cometo alguma atrocidade com as meninas! Busquem pesquisar sobre variedades, clima, para não quebrar a cara e tomar prejuízo.

È muito importante para orquidófilos amadores buscarem o contato com associações especializadas, elas são um fórum permanente de conhecimento e troca de informações.

A todos iniciantes desejo a sorte e a alegria com essas flores que eu tive!

Paulo Edgar Melo

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

CRÔNICA EM MEMÓRIA DE UM GATINHO PRETO E BRANCO



Um belo dia uma gatinha de uma casa vizinha a nossa teve uma ninhada de filhotes. 

De todos eles só um sobrou! Dava pena de vê-los passando fome e todas as vezes que nós alimentávamos nossos gatos, atirávamos, por cima da cerca viva, ração para os dois.

Com o tempo, a mãe já não deixava-o comer, e nós passamos a lhe dar comida dentro do nosso quintal. A partir daí ele passou a morar em cima da cerca, era como se fosse um ninho. Fazendo sol ou chuva e lá permanecia ele. Era só eu ou minha esposa chegar na área externa ele começava a miar a espera de comida.

Ele era muito interessante, era preto com o peito e barriga na cor branca, suas patinhas eram brancas como se fossem luvas e sapatos e o mais curioso era uma mancha abaixo do nariz que parecia um lindo bigode.

Logo ganhou os nomes de português ou Manoel Joaquim!

Como os vizinhos não tinham o menor interesse em ficar com ele ficamos com o bichinho, desse dia em diante passou a ser, para nós, simplesmente “Neguinho”.

Ele era uma grande figura, Era o primeiro na fila da comida e na hora da saidinha para o quintal. Estava sempre aprontando, fugia, dava grandes corridas, subia no telhado e adorava “conversar” com a gente.

Dentro de casa só queria ficar em contato físico conosco, dava sempre uma rodadinha e se jogava ao nosso lado. Era de paz, nunca foi agressivo, simplesmente ignorava as provocações dos nossos dois outros gatos, estava sempre com seus dois grandes olhos brilhando.

De uma hora para outra ele começou a ficar muito caseiro, já não dava as sua tradicionais escapulidas. Nós pensamos “é a idade adulta!”

Mas não era, com o tempo ele começou a perder peso, embora continuasse a se alimentar normalmente. Procuramos a ajuda de um veterinário, exames de sangue foram realizados, nada de grave foi encontrado a não ser um relativo processo anêmico. Foi medicado com vermífugo e vitaminas.

Ele chegou a apresentar uma relativa melhora, no dia 16/02 ele simplesmente parou de se alimentar. Às 3:30h da manhã fui acordado com fortes miados. Ao pegá-lo notei que ele estava com dificuldades de locomoção nas patas traseiras.

Vendo que a situação era muito grave, entrei em contato com o veterinário e o levamos para ser atendido.

Na clínica notamos que o problema havia se estendido para a pata dianteira direita num claro sintoma de um AVC. Ficou internado, mas às 11:30h do dia 17/02 ele se foi.

Sua partida nos deixou órfãos de sua presensa alegre e carinhosa e de seus “buruns buruns” altos e suas cabeçadas fortes e firmes que nos alegravam tanto.

Os quase quatro anos que passamos juntos jamais serão esquecidos. Em nós ficou uma profunda tristeza com a sua ausência.

Para mim, todas as manhãs, após o meu banho, fica muito difícil não encontrá-lo esperando na porta como sempre fazia.

Em agradecimento a esse gatinho que ajudou a iluminar nossas vidas com sua alegria contagiante, dedico essa crônica como prova de reconhecimento por ele ter cruzado os nossos destinos.

MUITO OBRIGADO!

Paulo Edgar Melo

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

DEUS É CULPADO?





Recebi recentemente um e-mail sobre esse tema. Tratava-se de uma entrevista dada por Anne Grahan, filha do pastor Billy Graham, um dos criadores das igrejas eletrônicas na América do Norte, ao programa americano Early Show.

Ao ser perguntada porque Deus havia permitido o ataque as Torres Gêmeas no fatídico 11 de setembro, ela passou a declinar alguns motivos, uns até com certa coerência, porém a causa principal, segundo ela, seria o término do ensino religioso nos colégios, e a aceitação passiva do povo, teria contribuído para o aumento da violência entre a população, será?

Sou um ferrenho defensor do Estado laico! Buscando a História vamos observar a barbaridade cometida contra “os infiéis” pelos Cruzados, uns até eram monges, os Templários, que em vez de amor no coração, tinham o ódio na ponta da espada.

Todos esses tiveram estudos religiosos na escola!

Aqueles que assassinaram pessoas por qualquer motivo durante a Inquisição, diziam que eram “hereges”, também tiveram estudos religiosos no colégio!

O estudo religioso nos Estados Unidos, não impediu a vergonhosa escravidão e a Guerra de Secessão que ceifou milhares de vidas de irmãos e nem tão pouco o quase extermínio da população indígena local.

O que vemos hoje é a total degradação da família, que exemplo pode um pai corrupto dar a seu filho, a não ser torna-lo igual a ele!

Quase ninguém está preocupado com a formação moral de seus filhos. O que mais se ouve é “vai assistir televisão e não me atrapalha!” ou “agora não posso porque estou ocupado!’

A função da escola é divulgar o conhecimento e não formar o caráter do jovem, isso é tarefa de seus responsáveis!

A formação religiosa tem que ser formada no seio familiar. Não pode ser compulsória junto com a educação formal, já pensaram como seria no Brasil? Somos um tremendo “saco de gatos” em termos religiosos. Qualquer Zé Mané resolve fundar uma igreja na garagem de sua casa e passa a se intitular “pastor”, sem nunca ter cursado uma faculdade de Teologia. Vocês gostariam deles ensinando os seus filhos?

Sejamos sinceros, Deus não tem nenhuma culpa da imbecilidade do ser humano, que mata e prega asneiras em seu Sagrado Nome.

Paulo Edgar Melo

FALANDO SOBRE MIGUEL PEREIRA-RJ

  A análise que vou fazer a seguir é fruto de minhas observações, nesses quase 24 anos que adquirimos nossa casa na cidade. Quando por aqu...