segunda-feira, 14 de outubro de 2019

ECOS DA MODERNIDADE




Aqui o sexo é livre e o amor se tornou um bolso cheio de notas.

Onde perder o celular é pior do que perder os teus valores. Onde a moda é fumar e beber, e se não fizer isso, você está obsoleto.

Onde o banheiro se tornou estúdio para fotos e a igreja, o lugar perfeito para check in.

Século XXI, onde homens e mulheres temem uma gravidez muito mais que HIV.

Onde o serviço de entrega de pizza chega mais rápido do que a ambulância.

Onde as pessoas morrem de medo de terroristas e criminosos muito mais do que temem a Deus.

Onde as roupas decidem o valor de uma pessoa e ter dinheiro é mais importante do que ter amigos ou até mesmo família.

Século XXI, onde as crianças são capazes de desistir dos seus pais pelo seu amor virtual.

Onde os pais se esqueceram de reunir a família à mesa para um jantar harmonioso, conversando sobre o dia a dia, pois estão entretidos no seu trabalho ou celular.

Onde homens e mulheres muitas vezes, só querem relacionamentos sem obrigações e seu único "compromisso" se torna posar para fotos e postar nas redes sociais jurando amor eterno.

Onde o amor se tornou público ou uma peça de teatro.

Onde o mais popular ou o mais seguido com mais curtidas em fotos é aquele que aparenta esbanjar felicidade; aquele que posta fotos em lugares legais e badalados rodeados por "amizades vazias" com "amores incertos" e "famílias desunidas".

Onde as pessoas se esqueceram de cuidar do espírito, da alma vazia e resolveram cuidar e cultuar os seus corpos.

Onde vale mais uma lipoaspiração para ter o corpo desejado do "mundo artístico" do que um diploma universitário.

Onde uma foto na academia tem muito mais curtidas do que uma foto estudando ou praticando boas ações.

Século XXI aqui você só sobrevive se jogar com a "razão", e você é destruído se agir com o teu coração!

domingo, 6 de outubro de 2019

SE EU PARTIR...



Às vezes perante circunstâncias, ocasiões, pessoas, fica a pergunta que me sai dos lábios, quase sem querer...

E se eu partisse agora, já, sem aviso prévio, assim de repente?

Será que lembrariam a ultima palavra que me disseram?

E os sentimentos, quais seriam?

Aqueles meio ácidos com que me eram questionadas verdades?

Ou os de decepção por eu afinal ter que ser diferente?

Ou aqueles que encerram perguntas às quais não sei responder?

Ou aqueles que encerram palavras e frases que eu preferia jamais ter de ouvir?

Se eu partisse agora, no meio da noite, silenciosamente, sem alarde?

Quais seriam as palavras que não me disseram?

Quais aquelas que jamais estaria aqui para escutar ficariam por dizer, as leves que me faziam rir, ou as tristes que me faziam chorar?

E se eu pudesse avisar da minha partida?

Que palavras teria?

De Saudade? De dor? De raiva?

Alguém me diria um ultimo segredo?

Alguém me contaria baixinho os seus medos?

Ou Alguém me diria um suave Adeus, de triste melancolia?

E se eu partisse agora? Sem querer, sem me dar conta?

Quem de vós sentiria de mim saudade?

Quem me perdoaria por tudo o que eu fiz e por tudo que eu devia ter feito e ainda não foi hora?

Quem de vós me prometeria não chorar?

Quando eu partir, agora, já, logo, amanhã, daqui a dias, meses ou anos, eu quero que todos se lembrem de mim assim.

Que eu deixe a todos a curiosidade certa que procura sem invadir.

O meu sorriso infantil, que demonstra a minha recusa em crescer.

E as minhas palavras a vós todos, tantas... milhões de palavras.

Guardem a minha lembrança, exatamente da forma que vos mostrei ser,
sem medo e sem medida.

E se assim for, se eu for capaz de deixar a cada um de vós.

O melhor que carrego em mim.

Eu saberei que então, já vivi o suficiente.

Quando eu partir, quero ter a certeza que aquilo que eu fui capaz de ser com toda a entrega e dedicação, foi o bastante para as pessoas que me amaram e que eu amei.

E essa será a minha recompensa.

A certeza feita prova viva.

De que não passei por cá, em vão...



FALANDO SOBRE MIGUEL PEREIRA-RJ

  A análise que vou fazer a seguir é fruto de minhas observações, nesses quase 24 anos que adquirimos nossa casa na cidade. Quando por aqu...