quarta-feira, 9 de setembro de 2015

ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS - QUEM É CONTRA, QUEM É A FAVOR?




Foi publicado na coluna do Anselmo Góis, no jornal O Globo, que o ministro Luis Roberto Barroso, do STF, convocou uma audiência pública para 15 de junho. Quer discutir se é constitucional o ensino religioso nas escolas públicas.

O ministro convidou representantes católicos, protestantes, espíritas, judeus, muçulmanos, umbandistas e budistas.

A Constituição de 1988 determina que o Estado seja laico!

A adoção desse tipo de disciplina tenderia a se tornar um verdadeiro saco de gatos.
Só no ramo dos protestantes existem várias correntes. Temos batistas, presbiterianos, metodistas, adventistas, pentecostais, neopetencostais, etc.
Como seriam essas aulas? Todas teriam espaço?

Sobraria para os estados e, principalmente para os combalidos municípios. Teriam eles que oferecer o ensino religioso para todas as correntes?

Esse ensino seria obrigatório ou eletivo? De onde viria o dinheiro para pagar esses “professores”?

Sinceramente não sei a origem dessa “brilhante” ideia. Deve ser de algum político desocupado com vontade de aparecer.

Acredito que a tarefa de orientação religiosa é única e exclusivamente de responsabilidade dos pais.

Não sei se um católico ficaria satisfeito com seu filho estudando religião com um protestante e vice versa.

Hoje em dia está tão difícil incentivar as crianças ao estudo. Os exemplos são os piores possíveis! Temos casos de pessoas que não poderiam fazer concursos públicos por não possuírem o ensino fundamental completo, porém eles ocupam cargos eletivos com o poder de complicar nossas vidas.

Como seriam elas motivadas a assistirem essas aulas?

Nosso país passa por uma crise de honestidade, temos políticos e também padres, pastores, etc., envolvidos em escândalos e falcatruas.

Existem coisas muito mais graves acontecendo na nossa pátria, e tem gente se preocupando com religião. Ela é importante? Claro que sim! Mas acho que deveríamos preocupar com noções de civismo, patriotismo, honestidade e solidariedade.

As escolas deveriam formar cidadãos plenos de seus direitos e principalmente de seus deveres para com o próximo.

Consciente de suas obrigações, cada pessoa poderia escolher sua vertente religiosa livremente, sem a influência de ninguém.

Paulo Edgar Melo

Publicado no Jornal Renascer - jun/2015





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