quarta-feira, 28 de abril de 2010

LÁ PELAS BANDAS DE SUCUPIRA





Era uma vez, bem no interior da Bahia, havia uma cidade chamada Mandacaru que era vizinha à Sucupira.



Seu prefeito, conhecido por Juvenal Macaxeira era fã incondicional do prefeito da cidade próxima, o legendário Odorico Paraguaçu. Como sabemos essa figura mitológica governou Sucupira por anos a fio, e por ter se revelado um péssimo administrador, mergulhou o município em um caos sem precedente.


Mas, mesmo assim, nosso amigo Juvenal o admirava, chegando a ponto de comprar uma enorme área de terra, para ali instalar o seu cemitério municipal. Mas de mesma maneira que ocorreu ao seu ídolo, o pobre coitado nunca pode inaugurá-lo, tal fato foi provocado pela total falta de interesse em defuntos que se propusessem ali serem enterrados.


Todos irão perguntar, e a Câmara de Vereadores locais nada fazem?


Infelizmente, para o povo logicamente, através de negociatas e maracutáias, ele sempre dava um jeitinho de tê-los ao seu lado. Aqueles que por princípios ficassem na oposição ficavam isolados, pressionados e nada podiam fazer. Tinha até um edil, já há anos de mandato, que não permitia há ninguém sentar em sua cadeira, chegava a ponto de leva-la para sua casa, garantindo, assim, seu direito exclusivo de uso da mesma.


Livre, leve e solto para “governar” sua cidade. Ele bolou uma estratégia infalível para prestar “serviços comunitários”.Diariamente formava-se um grande fila de pessoas a procura de remédios, que faltavam nas farmácias do município, as portas da prefeitura.


Nosso herói, a todos atendia, como um Robin Hood tupiniquim, distribuía cheques pessoais de sua conta bancária. O povo vibrava com tamanha bondade!


O que ninguém sabia eram que os cheques nunca seriam compensados, havia um acordo entre o alcaide e dono da farmácia. Quando chegavam as verbas federais, os cheques eram trocados por dinheiro e tudo começava de novo.


Mas, como não existe bem que sempre dure e o mal que nunca acabe, de uma hora para outra o país mudou, foi assolado por uma onda de honestidade. Votos nunca mais foram comprados, nunca mais foram distribuídas dentaduras, cestas básicas ao povo carente, já não era mais necessário. Seus lideres passaram a governar preocupados com o povo, o corruptos foram parar na cadeia e a nação prosperou.


Como podem ver, essa é uma obra de pura ficção, fatos como esses, jamais poderiam ocorrer em nosso país. Portanto, qualquer semelhança com fatos e pessoas reais, será mera coincidência.

Paulo Edgar Melo




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