Até lá só restariam esqueletos a serem resgatados!
Caso esses problemas fossem solucionados, desde que os filhos da Erenice não metessem o bedelho, surgiriam os primeiros entraves, o principal deles: Qual seria a ordem do resgate? Logicamente os primeiros a serem resgatados seriam os filiados ao PT e em seguida os da base aliada, ficando para o final, se houvesse oportunidade, aos filiados aos partidos de oposição.
Logo seria constatado que não haveria nenhum operário que representasse os partidos que apóiam o governo. Todos estavam, agora, recebendo DAS nos ministérios ou exercendo cargos de confiança em estatais.
No momento do resgate, lá estaria nosso intrépido presidente, que em seu discurso diria: “Nunca na História desse país o governo tirou tanta gente do buraco!”. Logicamente estaria acompanhado da “cumpanheira Dirma”, ambos ostentando a principal cor nacional, o vermelho. Êpa! Nossas cores não são o verde e o amarelo? Pode ser que os dois sejam daltônicos, mas é melhor deixar isso para lá!
Em seu discurso inflamado, a candidata culpava o governo do FHC pelo acidente, por ser ele responsável pelas privatizações e que ela mais o presidente eram responsáveis pelo PAC – Programa de Aceleração do Cafundó de baixo da Terra.
Todos notariam a ausência de nossa primeira dama na recepção dos resgatados. Corria a boca pequena que ela lá não estaria porque não sabe falar. Além do mais, aquele sorriso colado no rosto, fruto de dezenas de plásticas e muito butox, obviamente à custa do nosso dinheiro, poderia pegar muito mau caso alguma coisa desse errado.
De toda a parte chegariam mensagens de apoio, as principais seriam dos “grandes lideres mundiais” amigos do nosso presidente, Hugo Chaves, Evo Moralez, Fidel Castro e aquele de nome esquisito lá do Irã.
Marcado para começar a meia- noite, o resgate sofreria um pequeno atraso de três horas, visto que o operador do guindaste informou que teria de resolver um pequeno problema doméstico e, no momento, no local não teria ninguém para substituí-lo.
Lá estaria presente a bateria da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis com suas passistas para animar o ato. Estariam presentes dezenas de curiosos que teimariam em não ficar atrás dos cordões de isolamento, fazendo com que a polícia, de vez e quando, gentilmente distribuíssem pancadas a torto e a direito.
A saga dos operários logo viraria um filme que teria o seguinte título: Enterrados Vivos – Os Filhos do Brasil. Seriam convidados aos Programas do Faustão e do Jô Soares onde, por mais que tentassem, não conseguiriam contar suas estórias, tendo em vista que os apresentadores não os deixariam falar.
Felizmente, como dizem, Deus é brasileiro! Fatos como esse, aqui jamais aconteceria. Nossa fiscalização é muito rígida, não existe corrupção, os cargos são ocupados por técnicos e não por políticos.
Acorda cara! Você errou de país!
Paulo Edgar Melo – Economista – Funcionário Público Federal Aposentado.
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