TESE DA NOVA CLASSE MÉDIA NÃO TEM BASE REAL
Os dados do Censo do 2010, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE são indicadores que o otimismo governamental, difundido nos últimos anos, só existe na propaganda.
Quando se trata da Renda Nacional e sua distribuição pela população economicamente ativa os dados continuam alarmantes.
Para um país que cresceu em média de 3% a 5% nos últimos anos o Brasil apresenta algumas das maiores desigualdades do planeta.
A começar pela distribuição geográfica da sua população: dos 190 milhões de brasileiros 84,4% residem nas cidades e apenas 15,6% no campo, o que denuncia a concentração da terra num país de dimensões continentais (8,5 milhões de km2).
Os 10% mais ricos da população detêm 44,5% da renda nacional, enquanto os 10% mais pobre dividem 1,1% da renda.
Em 2010 metade da população brasileira tinha rendimento mensal de R$ 375,00, ou seja, bem inferior a um salário mínimo de então R$ 510,00. Se a população rural fosse excluída da média, a população das cidades receberia mensalmente uma média de R$ 415,00.
A desigualdade cresce quando se compara o rendimento entre homens e mulheres. Os homens recebem, em média, 42% mais que as mulheres em funções iguais.
Essa discrepância aumenta ainda mais quando comparamos os rendimentos médios mensais de brancos (R$ 1.538,00) e amarelos (R$ 1.574,00) com negros (R$ 834,00), pardos (R$ 845,00) e indígenas (R$ 735,00).
Então, pergunto: Onde está a nova classe média tão propagada pelo Governo federal.
Será que é esse grupo de pessoas que acreditam que agora são ricos e partem às compras nas Casas Bahia da vida, pagando juros extorsivos, em prestações infindáveis que comprometem suas rendas?
Infelizmente, não sei!
Ao contrário da propaganda Brasil- País Rico é País sem Pobreza! (quanta redundância!) proponho: Brasil – País Rico é um País Honesto.
Paulo Edgar Melo
Fonte e dados extraídos do Jornal da ASSIBGE-SN
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