terça-feira, 7 de abril de 2015

MÁQUINAS DA MORTE 2






Os brasileiros estão morrendo mais em acidentes com transporte terrestre, principalmente quando o veículo é motocicleta. A epidemia de lesões e óbitos no trânsito, como aponta o Ministério da Saúde, foi detalhada por meio do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, cujos dados de 2010 revelam: 40.610 pessoas foram vítimas fatais, sendo que 25% delas, por ocorrências com motocicletas. 

Os índices de crescimento no número de mortes em consequência de acidentes com motocicletas são ainda mais alarmantes. Em nove anos, os óbitos ocasionados por ocorrências com motos mais que triplicaram na Região Sudeste.

Em nossa região, Miguel Pereira e Paty do Alferes, ocorreram vários acidentes envolvendo motos, deixando mortos e feridos.

Segundo dados obtidos junto ao Hospital Fundação, foram atendidos pacientes provenientes de acidentes registrados:
2012 – 194 acidentes
2013 – 152 acidentes
2014 – 169 acidentes

Podemos notar uma redução no número de eventos em 2013. Esta redução foi provocada pelo aumento da fiscalização que ocorreu nesse período, que apreendeu motos irregulares ou dirigidas por pessoas não habilitadas.

Outro detalhe interessante é que em 2014 aumentaram a quantidade de mulheres envolvidas em acidentes com esse tipo de veículo, de agosto a dezembro de 2014, 22 ocorrências.

Se tomarmos por base os 515 acidentes ocorridos entre 2012/2014, considerando uma média de um óbito a cada 10 acidentes, teremos um resultado aproximado de 51 óbitos no período analisado.

Infelizmente vidas foram perdidas por diversos motivos, sendo o principal a imprudência, isso sem contar com amputações, sequelas, dias perdidos, internações, etc. que deixam marcas eternas nos acidentados.

Torna-se necessário a volta da fiscalização para inibir o mau uso desse equipamento, que é barato, econômico e prático, mas pode se transformar em uma máquina extremamente mortal.

As ações de fiscalização que ocorrem pelo país afora, tem se mostrado estratégicas para o controle de acidentes. “Houve uma redução de até 30% nas regiões que tiveram uma ação mais eficaz na fiscalização”. Isso foi demonstrado na queda de acidentados em 2013.

Que esses que se consideram pilotos inatingíveis pelos infortúnios, parem para pensar um pouco, será que vale a pena passar o resto da vida portando uma deficiência física? Ou no pior das hipóteses: Prematuramente dentro de um caixão.

Meu pai sempre dizia: “Quando a cabeça não pensa, o corpo é que sofre”.


Ele tinha toda a razão!

Paulo Edgar Melo

Publicado no Jornal Renascer - mar/2015 

O QUE FIZERAM COM O ENSINO NO BRASIL?




Sou do tempo que professor era chamado de senhor ou senhora e não tio ou tia como é hoje.

Sou do tempo que quando um professor entrava em sala, todos se levantavam em sinal de respeito.

Sou do tempo que professores se orgulhavam do nome PROFESSOR, e não como “educadores” como alguns preferem ser chamados.

Sou do tempo que a função do professor era ensinar, e educar era tarefa dos pais.

Sou do tempo em que todos entravam em forma para a entrada e se cantava o Hino 
Nacional.

No meu tempo existiam: O primário; o ginásio e o científico. Fiz os três em instituições públicas.

Sou do tempo em que o magistério era uma profissão respeitada e era razão de orgulho para ao pais: Minha filha é uma professora!

Não existiam conduções escolares, ia-se a pé mesmo! Ônibus, só quando chovia, e eram pagos.

Usávamos os uniformes (comprados pelos nossos pais) com orgulho. Sabem por quê? Respondo: Nós éramos os melhores! Do meu grupo, do último ano do científico, todos fizeram curso superior.

Nosso currículo constava de matérias como Derivada e Integral, hoje estudadas em nível superior como Cálculo Diferencial, Geometria Analítica e Descritiva, etc. Sei que muitos estudantes de hoje nunca ouviram falar dessas matérias.

Durante quatorze anos ministrei aulas em uma instituição de ensino superior. Pude observar a redução significativa da qualidade de conhecimento apresentada pelos alunos.

De nada adianta cotas para isso e aquilo. O aluno que hoje termina o ensino médio na rede pública, em sua maioria, não tem conhecimentos fundamentais para encarar um curso superior em igualdade de condições com os formandos do ensino privado.

Parece que existe uma trama para “emburrecer” o povo. Quanto mais ignorantes e mal formados melhor. É mais fácil de dominar!

É só visitar as redes sociais para ver as aberrações que são escritas: Dentre elas Ç antes das letra E e I é a mais comum.

Sou do tempo que nota baixa era sinônimo de castigo em casa e não como é agora, onde os pais afrontam os professores por terem dado uma nota ruim em seus geniais filhos.

Vemos professores sendo ameaçados por pais e alunos, agressões e ofensas ocorrem diariamente.

Verdadeiros vândalos e pequenos marginais frequentam hoje as salas de aula. Se um professor, tomar qualquer atitude em sua defesa, está arriscado a ser preso.

É o tal do ECA.   

Voltando ao meu tempo: Eca era sinônimo de titica!

Paulo Edgar Melo

Publicado no Jornal Renascer - 2ª quinzena -- fev/2015


O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO CRESCER?



Quantas vezes muitos leitores ouviram essa frase no passado?

Os nossos pais, tios, avós e conhecidos, muitas vezes em sua ignorância, gostavam de fazer esse questionamento.

Éramos forçados, graças a Deus, a pensar em nosso futuro.

Médico, engenheiro, militar, professor, etc. Já pequenos já desenvolvíamos essas pretensões.

Com o passar do tempo essa vontade de ser alguém na vida ia crescendo, era muito comum em conversas com os professores e com alguns colegas, trocar ideias e tentar tirar dúvidas sobre o que era necessário para galgar o nosso sonho.

No ensino público, o hoje chamado de ensino médio, recebia a denominação de Segundo Grau ou Científico. Era dividido em três áreas: Engenharia, Medicina e Clássico.

De acordo com a área de interesse do aluno a escolha era facultada. Quem gostava de Matemática, logicamente, escolhia engenharia.

Líamos muito, tínhamos assunto, falávamos de Astronáutica, Geografia, História, e claro de futebol.

Frequentavamos festas, bailes, tínhamos namoradas, mas estudávamos! Qualquer descuido era reprovação na certa. Não tinha essa estória de aprovação automática!

Passei por uma experiência muito desagradável há alguns anos atrás. 

Na época era professor de uma instituição de nível superior no Rio de Janeiro. Esta faculdade criou um programa de bolsa de estudos de 50% para alunos do ensino público.

Eu era responsável pela divulgação do projeto. O primeiro que visitei, foi aquele em que havia estudado o CE Raja Gabaglia. O auditório estava cheio com mais de cem alunos. Tomei coragem e fiz uma pergunta: Quantos ali presentes queriam fazer um curso superior?

Decepção – Só três alunos levantaram o braço!

O que fizeram com o meu colégio? O que aconteceu com aqueles alunos que se orgulhavam de ser a elite? Já não existiam mais?

Estragaram tudo!

Em minha opinião, a maioria dos jovens já não é treinada para o futuro. O presente é que importa.

A minha geração tem que ser muito grata a aquelas pessoas que nos cercavam principalmente aos nossos pais pelo incentivo e às vezes com boas varadas nas pernas para que formássemos, e para que na vida adulta pudéssemos viver com dignidade sem depender de Bolsas isso e aquilo.

Precisamos urgentemente voltar a perguntar para nossas crianças:

O que você vai ser quando crescer?

Paulo Edgar Melo

Publicado no Jornal Renascer 2ª quinzena - ago/2015 



FALANDO SOBRE MIGUEL PEREIRA-RJ

  A análise que vou fazer a seguir é fruto de minhas observações, nesses quase 24 anos que adquirimos nossa casa na cidade. Quando por aqu...