Sou do tempo que
professor era chamado de senhor ou senhora e não tio ou tia como é hoje.
Sou do tempo que
quando um professor entrava em sala, todos se levantavam em sinal de respeito.
Sou do tempo que
professores se orgulhavam do nome PROFESSOR, e não como “educadores” como
alguns preferem ser chamados.
Sou do tempo que a função do professor era
ensinar, e educar era tarefa dos pais.
Sou do tempo em que
todos entravam em forma para a entrada e se cantava o Hino
Nacional.
No meu tempo existiam:
O primário; o ginásio e o científico. Fiz os três em instituições públicas.
Sou do tempo em que o
magistério era uma profissão respeitada e era razão de orgulho para ao pais:
Minha filha é uma professora!
Não existiam conduções
escolares, ia-se a pé mesmo! Ônibus, só quando chovia, e eram pagos.
Usávamos os uniformes
(comprados pelos nossos pais) com orgulho. Sabem por quê? Respondo: Nós éramos
os melhores! Do meu grupo, do último ano do científico, todos fizeram curso
superior.
Nosso currículo
constava de matérias como Derivada e Integral, hoje estudadas em nível superior
como Cálculo Diferencial, Geometria Analítica e Descritiva, etc. Sei que muitos
estudantes de hoje nunca ouviram falar dessas matérias.
Durante quatorze anos
ministrei aulas em uma instituição de ensino superior. Pude observar a redução
significativa da qualidade de conhecimento apresentada pelos alunos.
De nada adianta cotas
para isso e aquilo. O aluno que hoje termina o ensino médio na rede pública, em
sua maioria, não tem conhecimentos fundamentais para encarar um curso superior
em igualdade de condições com os formandos do ensino privado.
Parece que existe uma
trama para “emburrecer” o povo. Quanto mais ignorantes e mal formados melhor. É
mais fácil de dominar!
É só visitar as redes
sociais para ver as aberrações que são escritas: Dentre elas Ç antes das letra
E e I é a mais comum.
Sou do tempo que nota
baixa era sinônimo de castigo em casa e não como é agora, onde os pais afrontam
os professores por terem dado uma nota ruim em seus geniais filhos.
Vemos professores
sendo ameaçados por pais e alunos, agressões e ofensas ocorrem diariamente.
Verdadeiros vândalos e
pequenos marginais frequentam hoje as salas de aula. Se um professor, tomar
qualquer atitude em sua defesa, está arriscado a ser preso.
É o tal do ECA.
Voltando ao meu tempo:
Eca era sinônimo de titica!
Paulo Edgar Melo
Publicado no Jornal Renascer - 2ª quinzena -- fev/2015
Paulo Edgar Melo
Publicado no Jornal Renascer - 2ª quinzena -- fev/2015
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