Os
brasileiros estão morrendo mais em acidentes com transporte terrestre,
principalmente quando o veículo é motocicleta. A epidemia de lesões e óbitos no
trânsito, como aponta o Ministério da Saúde, foi detalhada por meio do Sistema
de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, cujos dados de 2010
revelam: 40.610 pessoas foram vítimas fatais, sendo que 25% delas, por
ocorrências com motocicletas.
Os
índices de crescimento no número de mortes em consequência de acidentes com
motocicletas são ainda mais alarmantes. Em nove anos, os óbitos ocasionados por
ocorrências com motos mais que triplicaram na Região Sudeste.
Em
nossa região, Miguel Pereira e Paty do Alferes, ocorreram vários acidentes
envolvendo motos, deixando mortos e feridos.
Segundo
dados obtidos junto ao Hospital Fundação, foram atendidos pacientes
provenientes de acidentes registrados:
2012
– 194 acidentes
2013
– 152 acidentes
2014
– 169 acidentes
Podemos
notar uma redução no número de eventos em 2013. Esta redução foi provocada pelo
aumento da fiscalização que ocorreu nesse período, que apreendeu motos
irregulares ou dirigidas por pessoas não habilitadas.
Outro
detalhe interessante é que em 2014 aumentaram a quantidade de mulheres
envolvidas em acidentes com esse tipo de veículo, de agosto a dezembro de 2014,
22 ocorrências.
Se tomarmos por base os 515 acidentes
ocorridos entre 2012/2014, considerando uma média de um óbito a cada 10
acidentes, teremos um resultado aproximado de 51 óbitos no período analisado.
Infelizmente
vidas foram perdidas por diversos motivos, sendo o principal a imprudência,
isso sem contar com amputações, sequelas, dias perdidos, internações, etc. que
deixam marcas eternas nos acidentados.
Torna-se
necessário a volta da fiscalização para inibir o mau uso desse equipamento, que
é barato, econômico e prático, mas pode se transformar em uma máquina
extremamente mortal.
As
ações de fiscalização que ocorrem pelo país afora, tem se mostrado estratégicas
para o controle de acidentes. “Houve uma redução de até 30% nas regiões que
tiveram uma ação mais eficaz na fiscalização”. Isso foi demonstrado na queda de
acidentados em 2013.
Que
esses que se consideram pilotos inatingíveis pelos infortúnios, parem para
pensar um pouco, será que vale a pena passar o resto da vida portando uma
deficiência física? Ou no pior das hipóteses: Prematuramente dentro de um
caixão.
Meu
pai sempre dizia: “Quando a cabeça não pensa, o corpo é que sofre”.
Ele
tinha toda a razão!
Paulo Edgar Melo
Publicado no Jornal Renascer - mar/2015
Paulo Edgar Melo
Publicado no Jornal Renascer - mar/2015
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