No
passado havia uma grande preocupação com o baixo crescimento populacional em
nosso país, tanto que foi criado o Salário Família. Para cada filho que nascia
a família tinha direito ao valor correspondente a 10% do Salário Mínimo
vigente.
Convenhamos era um grande incentivo para que as pessoas botassem
filhos no mundo.
Hoje
esses valores estão entre R$26,20 e 37,18.
Não
temos mais problemas populacionais, não estamos mais necessitados de povoar o
Brasil, porém continuam a criar programas que, indiretamente, incitam ao
aumento da população, tipo Bolsa Família, Brasil Carinhoso, etc.
Enquanto
isso, os serviços oferecidos ao povo estão cada vez piores. Saúde, educação, e
por ai a fora...
Em
alguns países como a China, que não possui mais capacidade territorial para
absorver um número elevado de indivíduos a maternidade é controlada pelo
governo e cada casal só pode ter um filho. Em outras culturas como em tribos
indígenas e alguns países africanos gravidez é sinônimo de saúde, riqueza e
prosperidade.
No
Brasil, onde não há controle de natalidade e onde o planejamento familiar e a
educação sexual ainda são assuntos pouco discutidos, a gravidez acaba
tornando-se, muitas vezes, um problema social grave de ser resolvido. É o caso
da gravidez na adolescência.
A
adolescência é o momento de formação escolar e de preparação para o mundo do
trabalho. A ocorrência de uma gravidez nessa fase, portanto, significa o atraso
ou até mesmo a interrupção desses processos. O que pode comprometer (o que
geralmente acontece) o início da carreira ou o desenvolvimento profissional.
O que
se passa pela cabeça desses jovens? Está ficando comum ver meninas com crianças
no colo. Algumas chegam à fase adulta com dois, três filhos ou mais, e o pior:
de pais diferentes!
Estava
proferindo uma palestra para jovens há alguns anos atrás, quando me dirigindo
às meninas presentes, falei a seguinte frase: “Quando vocês quiserem se livrar
de um namorado chato, falem o seguinte – estou grávida! – garanto que eles vão
sumir para sempre”.
E
porque isso está acontecendo?
O
caos em que se encontra a sociedade moderna favoreceu o surgimento de uma
geração cujos valores éticos e morais encontram-se desgastados. O excesso de
liberdade recebida por esses jovens os levam à banalização de assuntos como o
sexo, por exemplo. Essa liberação sexual, acompanhada de certa falta de limite
e responsabilidade é um dos motivos que favorecem a incidência de gravidez na
adolescência.
Tudo
isso, mais o que é mostrado na mídia, a falta de comprometimento dos pais, que
permitem a erotização das crianças, muitas vezes achando uma gracinha verem
suas filhas de 5, 6, 7 anos, até menos, dançando o quadradinho não sei de que!
Depois
elas crescem, um belo dia aparecem de barriga, ai vem à pergunta: Onde foi que
eu errei?
Paulo Edgar Melo
Paulo Edgar Melo
Publicado
no Jornal Renascer – 2ª quinzena – out/2015
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