Uma pergunta surgiu hoje de manhã, o que leva as pessoas a ficarem
horas e horas ao redor de vítimas de acidentes ou de crimes?
Essas pessoas não podem ser normais!
Parece que sentem prazer em estarem ali!
Com a facilidade de acesso a internet surgiu os arautos das
tragédias, basta que alguma coisa de ruim aconteça e pronto rapidinho já está
na rede, é uma exposição de corpos sangrentos e
dilacerados, demonstrando total falta de respeito aos mortos e sobre tudo as
suas famílias.
Acidentes acontecem em todos os lugares, mas esse bando de urubus
só existe por aqui, especificamente no Brasil.
Voltando as redes sociais, diariamente recebemos fotos e de vídeos
de animais, pessoas doentes, mutilações, etc.
Os motivos são diversos: Vamos divulgar para que as autoridades
tomem conhecimento. Se não tomaram até agora não será em razão da publicação!
As piores publicações são aquelas em que se expõem doentes em fase
terminal e pedem que se coloquem um AMÉM. Essas fotos já aparecem desde o
extinto ORKUT e provavelmente as pessoas que aparecem nas fotos já partiram
dessa para uma melhor há muito tempo, mas os chatos continuam a divulgá-las.
Uma das vítimas das mais contumazes é o padre Marcelo Rossi, ele já
está de volta às celebrações de missas, mas vira e mexe aparece fotos e pedidos
de amém para ele se recuperar.
Minha gente, as redes sociais podem dizer muito
sobre sua personalidade, relacionamentos e comportamento. Você pode estar
incomodando vários amigos sem perceber.
Fotos de bebês famintos, cães queimados e pessoas
com desfigurações horríveis são de mau gosto, e não agradam a maioria das pessoas,
então para que divulgá-las, bem, a menos que você se sinta bem fazendo isso,
nesse caso procure um médico.
Uma regra que deve ser respeitada é aquela que diz
que seu direito acaba quando começa os dos outros. Quem tem mania de divulgar
coisas tenebrosas, guarde esse mau gosto para si, não é nada agradável abrir
uma página de manhã e dar de cara com um cadáver em decomposição ou um animal
decapitado. Então, respeitem aqueles que não gostam de tragédias!
Paulo Edgar Melo
Paulo Edgar Melo
Publicado no Jornal Renascer - 1ª Quinzena de julho de 2016
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