A coisa está muito esquisita. Vivemos em uma época em que os
inteligentes são obrigados a se calarem para não ofender os imbecis.
Essa história do politicamente correto não é um porre, é uma
verdadeira ressaca dele.
Assistindo a TV hoje, não era a Globo, já que não perco o meu
tempo com ela a mais de um ano. Dois casos policiais me chamaram a atenção,
ambos caracterizando violência contra mulheres.
O primeiro caso um ex-marido esfaqueou sua ex com diversas
estocadas, tudo isso filmado por câmeras de segurança, por sorte ela não morreu.
O outro caso, um debilóide matou uma mulher com três tiros num
bar porque ela reclamou das bombinhas que ele estava soltando. A mãe da mulher
foi também baleada, porém sobreviveu.
Nos dois casos as reportagens informaram que os suspeitos
fugiram.
Desculpem-me, suspeitos é o cacete! Filmagem e testemunhas
apontam os culpados. Suspeito é quando pode haver dúvidas sobre a autoria do
delito. Nesses casos não existem a menor dúvida sobre a autoria do delito.
Então vamos lá, o que seria um suspeito?
Um suspeito é geralmente alguém que dá fundamentos para fazer um juízo
negativo da conduta, das ações, das características, etc.
O termo, por conseguinte, tem uma conotação
negativa: a pessoa é suspeita de ser responsável de algo errado, negativo.
Não se costuma ouvir falar de um sujeito
suspeito por ter feito um donativo anônimo, por exemplo.
Os dois casos acima não se enquadram com essas
definições.
È por causa dessas frescuras que a bandidagem
está crescendo, estão defendendo, cada vez mais, os direitos dos criminosos e
esquecendo os dos cidadãos de bem.
Paulo Edgar Melo
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