terça-feira, 1 de dezembro de 2015

INVERSÃO DE VALORES?



O que está acontecendo por aqui?


Será que estamos presenciando a total inversão de valores?

Diariamente assistimos atônitos, vídeos com alunos agredindo professores e quebrando escolas.  Pobres mestres, como tivessem de mãos atadas, sem nada poderem fazer. Ou seja, os professores estão mais preocupados em não apanhar do que ensinar!

Os pais já não podem dar o menor peteleco em seus filhos rebeldes sob pena de serem presos e tratados como fossem marginais perigosos.

Policiais não podem se defender de tiros, se alguém é atingido a culpa sempre será atribuída a eles.

Se um bandido morre em conflito, logo aparecerá um bando de pseudo intelectuais para criticar a violência policial. Esse bando de vagabundos inúteis parece, sempre, estar do lado daqueles que estão fora da lei.

Quando um policial do Rio de Janeiro foi torturado e queimado vivo, nenhum desses párias veio a público se manifestar.

A corrupção instalou-se em definitivo em nosso país. Enriquecimento ilícito, desvios de verbas públicas para financiamento de campanha, propinas, etc., são mostrados em prosa e verso nos meios de comunicação. Assistimos gente que nunca trabalhou ou limpadores de bosta de elefante, de uma hora para outra, tornarem-se possuidores de enormes fortunas.

O panorama de nossa nação não é dos melhores. Se trabalhadores resolvem se manifestar, como estamos vendo o caso dos caminhoneiros, são ameaçados com multas, Força Nacional e o escambau, em contrapartida os marginais do MST bloqueiam rodovias, invadem terras produtivas, destroem tudo o que aparece pela frente, sem que nenhuma ação repressora seja notificada.

A insanidade das pessoas parece que atingiu o auge, o povo elege quem o rouba, idolatra quem o despreza, desvaloriza quem o ensina e, por fim, odeia quem o protege.

A coisa está cada vez pior. Se alguém está vendo uma luz no fim do túnel, corre que deve ser um trem que vem ao seu encontro em grande velocidade.

Normalmente gosto de dar uma conotação mais divertida naquilo que escrevo, mas está muito difícil em vista da atual conjuntura que estamos passando.  Espero que em um futuro bem próximo, as coisas comecem a melhorar.

Do jeito em que as coisas estão caminhando, na visão dos otimistas já chegamos ao fundo do poço, enquanto os pessimistas ainda acham que tem muito poço para se cair. 

Sou brasileiro com muito orgulho, minhas cores são o verde e o amarelo e não o vermelho dessa corja de comunistas babacas que querem dividir e transformar o nosso país em classes antagônicas, espalhando o ódio e o rancor entre as pessoas.

Não estaria chegando a hora de algumas dessas coisas começassem acabar?


Publicado no Jornal Renascer – Nov/2015 

POPULAÇÃO, GRAVIDEZ PRECOCE, ETC.



No passado havia uma grande preocupação com o baixo crescimento populacional em nosso país, tanto que foi criado o Salário Família. Para cada filho que nascia a família tinha direito ao valor correspondente a 10% do Salário Mínimo vigente. 

Convenhamos era um grande incentivo para que as pessoas botassem filhos no mundo.

Hoje esses valores estão entre R$26,20 e 37,18.

Não temos mais problemas populacionais, não estamos mais necessitados de povoar o Brasil, porém continuam a criar programas que, indiretamente, incitam ao aumento da população, tipo Bolsa Família, Brasil Carinhoso, etc.

Enquanto isso, os serviços oferecidos ao povo estão cada vez piores. Saúde, educação, e por ai a fora...

Em alguns países como a China, que não possui mais capacidade territorial para absorver um número elevado de indivíduos a maternidade é controlada pelo governo e cada casal só pode ter um filho. Em outras culturas como em tribos indígenas e alguns países africanos gravidez é sinônimo de saúde, riqueza e prosperidade.

No Brasil, onde não há controle de natalidade e onde o planejamento familiar e a educação sexual ainda são assuntos pouco discutidos, a gravidez acaba tornando-se, muitas vezes, um problema social grave de ser resolvido. É o caso da gravidez na adolescência.

A adolescência é o momento de formação escolar e de preparação para o mundo do trabalho. A ocorrência de uma gravidez nessa fase, portanto, significa o atraso ou até mesmo a interrupção desses processos. O que pode comprometer (o que geralmente acontece) o início da carreira ou o desenvolvimento profissional.

O que se passa pela cabeça desses jovens? Está ficando comum ver meninas com crianças no colo. Algumas chegam à fase adulta com dois, três filhos ou mais, e o pior: de pais diferentes!

Estava proferindo uma palestra para jovens há alguns anos atrás, quando me dirigindo às meninas presentes, falei a seguinte frase: “Quando vocês quiserem se livrar de um namorado chato, falem o seguinte – estou grávida! – garanto que eles vão sumir para sempre”.

E porque isso está acontecendo?

O caos em que se encontra a sociedade moderna favoreceu o surgimento de uma geração cujos valores éticos e morais encontram-se desgastados. O excesso de liberdade recebida por esses jovens os levam à banalização de assuntos como o sexo, por exemplo. Essa liberação sexual, acompanhada de certa falta de limite e responsabilidade é um dos motivos que favorecem a incidência de gravidez na adolescência.

Tudo isso, mais o que é mostrado na mídia, a falta de comprometimento dos pais, que permitem a erotização das crianças, muitas vezes achando uma gracinha verem suas filhas de 5, 6, 7 anos, até menos, dançando o quadradinho não sei de que!

Depois elas crescem, um belo dia aparecem de barriga, ai vem à pergunta: Onde foi que eu errei?

Paulo Edgar Melo


Publicado no Jornal Renascer – 2ª quinzena – out/2015 

CIDADANIA – É CHEGADA A HORA




Palavra tão falada e pouco praticada.

Nosso país está se tornando e um verdadeiro salve-se quem puder!

Nunca vivemos essa situação, tão vexatória, onde corrupção é a palavra da moda.
É tal do que está bom para mim, o resto que se exploda!

O povo iludido com falsos líderes assistencialistas, que ficam fazendo favorezinhos pessoais em busca de votos em eleições.

Quando é que a população vai acordar e descobrir que é seu dinheiro que paga essas figuras, que são eleitas para cumprir, fiscalizar e fazer Leis que tragam benefícios para a população como um todo.

Políticos não são eleitos para arranjar emprego para ninguém, arrumar remédios, fazer doações de equipamentos, etc. E sim criar meios legais para que população não tenha necessidade desses favores.

Na prática o que ocorre em todas as esferas, sejam elas federais, estaduais e municipais é a malfadada compra e venda de votos.

O voto é a manifestação máxima da prática da cidadania, não é mercadoria exposta nas prateleiras de uma loja.

Vale ressaltar que quando você compra um produto estragado, você pode devolver a quem lhe vendeu e pedir o seu dinheiro de volta.

Voto dado errado não permite devolução, no máximo poderá tentar outra vez, depois de quatro anos. Mas ai pode ser tarde de mais!

Defender o assistencialismo barato pode custar muito caro. Podemos dar o exemplo do que está acontecendo com o nosso país, praticamente falido por causa de erradas políticas eleitoreiras. E quem vai pagar a conta? Todos nós!

É hora de começarmos a tomar vergonha na cara, parar de furar filas, subornar fiscais e guardas, pagar propinas, respeitar os sinais de trânsito, e, sobretudo respeitar o direito do próximo.

É hora de tornarmos conhecimento de nossos direitos e obrigações, e praticá-los.


É chegada a hora de pararmos de dar uma de espertos. O mundo já esta cheio deles, nos dois sentidos, é claro?

Paulo Edgar Melo

Publicado no Jornal Renascer - out/2015

sábado, 10 de outubro de 2015

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA: ATÉ QUANDO?




Em março de 2011 o grupo extremista islâmico Talibã, que controla 90% do Afeganistão, iniciou a destruição de centenas de estátuas com valor cultural inestimável, por considera-las ofensivas a um preceito muçulmano contrário a adoração de imagens.

Recentemente a destruição dos monumentos históricos no Iraque pelo Estado Islâmico principalmente em Palmira, e a mais recente ameaça das forças terroristas: o aniquilamento das pirâmides e da Esfinge no Egito.

Esses imbecis, em nome de sua fé, destroem patrimônios que pertencem a toda a humanidade.

O que passa pelas cabeças poluídas por falsas esperanças, quando enrolados em bombas, matam inocentes, para se tornarem mártires, para irem para um paraíso, onde poderão na vida eterna desfrutarem de 70 virgens.

Vivemos num mundo em que pessoas acham que sua religião é melhor que a dos outros. Destilam seu ódio contra todos que não professam sua fé.

Pessoas são apedrejadas apenas por um motivo, não pertence a minha religião.

Vemos templos católicos sendo profanados e suas imagens destruídas. Centros espíritas sendo incendiados sobre o pretexto de queimar o capeta.

Quando é que os seres humanos respeitarão a fé alheia!

Quando o maior sábio que já passou pela terra disse: “amai-vos uns aos outros”, não explicitou que amor seria só para seus seguidores.

Falsos líderes religiosos, alguns se rotulam de apóstolos e profetas, fomentam essa segregação. Iludindo seus seguidores com falsas promessas de fortuna e lugares especiais no céu, que dizem serem capazes de encaminhá-los.

A humanidade já passou por uma fase terrível com a inquisição, onde pessoas eram queimadas vivas, em fogueiras por heresia, ou seja, eram julgadas e condenadas sem direito a defesa.

Será que alguns querem a volta dessa época?

Por tudo isso, sempre me posicionei contra o ensino religioso nas escolas. Quando sou questionado sobre o assunto pergunto: Você é a favor de todas ou só a sua?

Preocupa-me o tendencionamento que poderá acontecer.

O que faz uma religião boa ou ruim não é sua doutrina e sim seus seguidores!

Devemos respeitar o direito dos outros de professarem a religião que mais se identifiquem, e até o direito de não ter nenhuma.



A intolerância religiosa se deve á vaidade de se achar o único correto.

Paulo Edgar Melo

Publicado no Jornal Renascer - 2ª quinzena - ago/2015

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS - QUEM É CONTRA, QUEM É A FAVOR?




Foi publicado na coluna do Anselmo Góis, no jornal O Globo, que o ministro Luis Roberto Barroso, do STF, convocou uma audiência pública para 15 de junho. Quer discutir se é constitucional o ensino religioso nas escolas públicas.

O ministro convidou representantes católicos, protestantes, espíritas, judeus, muçulmanos, umbandistas e budistas.

A Constituição de 1988 determina que o Estado seja laico!

A adoção desse tipo de disciplina tenderia a se tornar um verdadeiro saco de gatos.
Só no ramo dos protestantes existem várias correntes. Temos batistas, presbiterianos, metodistas, adventistas, pentecostais, neopetencostais, etc.
Como seriam essas aulas? Todas teriam espaço?

Sobraria para os estados e, principalmente para os combalidos municípios. Teriam eles que oferecer o ensino religioso para todas as correntes?

Esse ensino seria obrigatório ou eletivo? De onde viria o dinheiro para pagar esses “professores”?

Sinceramente não sei a origem dessa “brilhante” ideia. Deve ser de algum político desocupado com vontade de aparecer.

Acredito que a tarefa de orientação religiosa é única e exclusivamente de responsabilidade dos pais.

Não sei se um católico ficaria satisfeito com seu filho estudando religião com um protestante e vice versa.

Hoje em dia está tão difícil incentivar as crianças ao estudo. Os exemplos são os piores possíveis! Temos casos de pessoas que não poderiam fazer concursos públicos por não possuírem o ensino fundamental completo, porém eles ocupam cargos eletivos com o poder de complicar nossas vidas.

Como seriam elas motivadas a assistirem essas aulas?

Nosso país passa por uma crise de honestidade, temos políticos e também padres, pastores, etc., envolvidos em escândalos e falcatruas.

Existem coisas muito mais graves acontecendo na nossa pátria, e tem gente se preocupando com religião. Ela é importante? Claro que sim! Mas acho que deveríamos preocupar com noções de civismo, patriotismo, honestidade e solidariedade.

As escolas deveriam formar cidadãos plenos de seus direitos e principalmente de seus deveres para com o próximo.

Consciente de suas obrigações, cada pessoa poderia escolher sua vertente religiosa livremente, sem a influência de ninguém.

Paulo Edgar Melo

Publicado no Jornal Renascer - jun/2015





FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE DEPARAMOS NA REDE MUNDIAL



Diariamente nossas páginas nas redes sociais são inundadas, por verdadeiras asneiras, devidamente compartilhadas por aqueles que acreditam em tudo que é divulgado.

Existem sites que são peritos em divulgar essas “noticias” falsas. Por exemplo: O Sensacionalista, Joselito Müller, Notícia Urgente, etc. São personagens fictícios, que fazem paródias com figuras públicas em situações cômicas.

O pior que tem gente que creem nas baboseiras que são publicadas, e olhem que essas bobagens já existem desde o finado ORKUT!

Vamos a alguns exemplos recentes:
- “Para evitar assaltos a ciclistas, OAB quer proibir o uso de bicicletas”.
- “Traficante fuzilado na Indonésia, será homenageado com um busto no Brasil”.
- “Comissão da Verdade diz que Celso Daniel cometeu suicídio”.
- “Dilma anuncia Bolsa Família para animais de estimação”.
- “Senado aprova Bolsa Prostituta de R$2.000,00 por mês”.
- “MEC estuda destinar cotas de 10% no ensino superior para viciados em drogas”. Essa vale uma nota: Sei que o ensino no nosso país está uma droga, não precisa de especialistas no assunto, concordam?

Ai os crédulos se revoltam. Isso é um absurdo! Onde vamos parar! Vergonha! É o Armageddon!  E desandam a compartilhar essas sandices.

Será que não valia a pena checar as fontes?

E têm aqueles famosos apelos: Vamos compartilhar um milhão de vezes para tirar isso do ar, ou chegar as nossas autoridades, ou então escrevam amém em apoio a isso ou aquilo.

Pombas! Isso não adianta nada, ou melhor, só servem para encher os nossos sacos!

Fico aqui pensando: Que bom que inventaram essa tal de internet, antigamente era obrigado a ligar para todos os meus contatos, para desejar “bom dia”, “boa tarde”, “vou dormir”, etc. Dava muito trabalho e a conta vinha muito alta!

Já nos deparamos com tantas notícias ruins em nosso dia a dia, não seria bom filtrarmos o que presta do que não vale a pena divulgarmos?

Paulo Edgar Melo

E-mail: pauloedgarmelo@gmail.com

terça-feira, 7 de abril de 2015

MÁQUINAS DA MORTE 2






Os brasileiros estão morrendo mais em acidentes com transporte terrestre, principalmente quando o veículo é motocicleta. A epidemia de lesões e óbitos no trânsito, como aponta o Ministério da Saúde, foi detalhada por meio do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, cujos dados de 2010 revelam: 40.610 pessoas foram vítimas fatais, sendo que 25% delas, por ocorrências com motocicletas. 

Os índices de crescimento no número de mortes em consequência de acidentes com motocicletas são ainda mais alarmantes. Em nove anos, os óbitos ocasionados por ocorrências com motos mais que triplicaram na Região Sudeste.

Em nossa região, Miguel Pereira e Paty do Alferes, ocorreram vários acidentes envolvendo motos, deixando mortos e feridos.

Segundo dados obtidos junto ao Hospital Fundação, foram atendidos pacientes provenientes de acidentes registrados:
2012 – 194 acidentes
2013 – 152 acidentes
2014 – 169 acidentes

Podemos notar uma redução no número de eventos em 2013. Esta redução foi provocada pelo aumento da fiscalização que ocorreu nesse período, que apreendeu motos irregulares ou dirigidas por pessoas não habilitadas.

Outro detalhe interessante é que em 2014 aumentaram a quantidade de mulheres envolvidas em acidentes com esse tipo de veículo, de agosto a dezembro de 2014, 22 ocorrências.

Se tomarmos por base os 515 acidentes ocorridos entre 2012/2014, considerando uma média de um óbito a cada 10 acidentes, teremos um resultado aproximado de 51 óbitos no período analisado.

Infelizmente vidas foram perdidas por diversos motivos, sendo o principal a imprudência, isso sem contar com amputações, sequelas, dias perdidos, internações, etc. que deixam marcas eternas nos acidentados.

Torna-se necessário a volta da fiscalização para inibir o mau uso desse equipamento, que é barato, econômico e prático, mas pode se transformar em uma máquina extremamente mortal.

As ações de fiscalização que ocorrem pelo país afora, tem se mostrado estratégicas para o controle de acidentes. “Houve uma redução de até 30% nas regiões que tiveram uma ação mais eficaz na fiscalização”. Isso foi demonstrado na queda de acidentados em 2013.

Que esses que se consideram pilotos inatingíveis pelos infortúnios, parem para pensar um pouco, será que vale a pena passar o resto da vida portando uma deficiência física? Ou no pior das hipóteses: Prematuramente dentro de um caixão.

Meu pai sempre dizia: “Quando a cabeça não pensa, o corpo é que sofre”.


Ele tinha toda a razão!

Paulo Edgar Melo

Publicado no Jornal Renascer - mar/2015 

O QUE FIZERAM COM O ENSINO NO BRASIL?




Sou do tempo que professor era chamado de senhor ou senhora e não tio ou tia como é hoje.

Sou do tempo que quando um professor entrava em sala, todos se levantavam em sinal de respeito.

Sou do tempo que professores se orgulhavam do nome PROFESSOR, e não como “educadores” como alguns preferem ser chamados.

Sou do tempo que a função do professor era ensinar, e educar era tarefa dos pais.

Sou do tempo em que todos entravam em forma para a entrada e se cantava o Hino 
Nacional.

No meu tempo existiam: O primário; o ginásio e o científico. Fiz os três em instituições públicas.

Sou do tempo em que o magistério era uma profissão respeitada e era razão de orgulho para ao pais: Minha filha é uma professora!

Não existiam conduções escolares, ia-se a pé mesmo! Ônibus, só quando chovia, e eram pagos.

Usávamos os uniformes (comprados pelos nossos pais) com orgulho. Sabem por quê? Respondo: Nós éramos os melhores! Do meu grupo, do último ano do científico, todos fizeram curso superior.

Nosso currículo constava de matérias como Derivada e Integral, hoje estudadas em nível superior como Cálculo Diferencial, Geometria Analítica e Descritiva, etc. Sei que muitos estudantes de hoje nunca ouviram falar dessas matérias.

Durante quatorze anos ministrei aulas em uma instituição de ensino superior. Pude observar a redução significativa da qualidade de conhecimento apresentada pelos alunos.

De nada adianta cotas para isso e aquilo. O aluno que hoje termina o ensino médio na rede pública, em sua maioria, não tem conhecimentos fundamentais para encarar um curso superior em igualdade de condições com os formandos do ensino privado.

Parece que existe uma trama para “emburrecer” o povo. Quanto mais ignorantes e mal formados melhor. É mais fácil de dominar!

É só visitar as redes sociais para ver as aberrações que são escritas: Dentre elas Ç antes das letra E e I é a mais comum.

Sou do tempo que nota baixa era sinônimo de castigo em casa e não como é agora, onde os pais afrontam os professores por terem dado uma nota ruim em seus geniais filhos.

Vemos professores sendo ameaçados por pais e alunos, agressões e ofensas ocorrem diariamente.

Verdadeiros vândalos e pequenos marginais frequentam hoje as salas de aula. Se um professor, tomar qualquer atitude em sua defesa, está arriscado a ser preso.

É o tal do ECA.   

Voltando ao meu tempo: Eca era sinônimo de titica!

Paulo Edgar Melo

Publicado no Jornal Renascer - 2ª quinzena -- fev/2015


O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO CRESCER?



Quantas vezes muitos leitores ouviram essa frase no passado?

Os nossos pais, tios, avós e conhecidos, muitas vezes em sua ignorância, gostavam de fazer esse questionamento.

Éramos forçados, graças a Deus, a pensar em nosso futuro.

Médico, engenheiro, militar, professor, etc. Já pequenos já desenvolvíamos essas pretensões.

Com o passar do tempo essa vontade de ser alguém na vida ia crescendo, era muito comum em conversas com os professores e com alguns colegas, trocar ideias e tentar tirar dúvidas sobre o que era necessário para galgar o nosso sonho.

No ensino público, o hoje chamado de ensino médio, recebia a denominação de Segundo Grau ou Científico. Era dividido em três áreas: Engenharia, Medicina e Clássico.

De acordo com a área de interesse do aluno a escolha era facultada. Quem gostava de Matemática, logicamente, escolhia engenharia.

Líamos muito, tínhamos assunto, falávamos de Astronáutica, Geografia, História, e claro de futebol.

Frequentavamos festas, bailes, tínhamos namoradas, mas estudávamos! Qualquer descuido era reprovação na certa. Não tinha essa estória de aprovação automática!

Passei por uma experiência muito desagradável há alguns anos atrás. 

Na época era professor de uma instituição de nível superior no Rio de Janeiro. Esta faculdade criou um programa de bolsa de estudos de 50% para alunos do ensino público.

Eu era responsável pela divulgação do projeto. O primeiro que visitei, foi aquele em que havia estudado o CE Raja Gabaglia. O auditório estava cheio com mais de cem alunos. Tomei coragem e fiz uma pergunta: Quantos ali presentes queriam fazer um curso superior?

Decepção – Só três alunos levantaram o braço!

O que fizeram com o meu colégio? O que aconteceu com aqueles alunos que se orgulhavam de ser a elite? Já não existiam mais?

Estragaram tudo!

Em minha opinião, a maioria dos jovens já não é treinada para o futuro. O presente é que importa.

A minha geração tem que ser muito grata a aquelas pessoas que nos cercavam principalmente aos nossos pais pelo incentivo e às vezes com boas varadas nas pernas para que formássemos, e para que na vida adulta pudéssemos viver com dignidade sem depender de Bolsas isso e aquilo.

Precisamos urgentemente voltar a perguntar para nossas crianças:

O que você vai ser quando crescer?

Paulo Edgar Melo

Publicado no Jornal Renascer 2ª quinzena - ago/2015 



FALANDO SOBRE MIGUEL PEREIRA-RJ

  A análise que vou fazer a seguir é fruto de minhas observações, nesses quase 24 anos que adquirimos nossa casa na cidade. Quando por aqu...